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quinta-feira, 19 de novembro de 2009




É impressionante, para quem tem a oportunidade de experimentar o que é o silenciar, o bem que esta atitude pode proporcionar.

Fazer-se silencioso para escutar a voz de Deus, aquietar o coração para tornar-se dócil ao seu querer.

A necessidade do silêncio não quer dizer que a voz de Deus em nós é fraca, mas sim que ela se faz serena e pede de nós também a serenidade, como que em uma sintonia.


A experiência do silencio nos faz vivenciar a escuta e nos suscita a agir. Nos envereda na contemplação e adoração e nos impulsiona a uma transformação de vida eficaz.


Devemos nos fazer alguns questionamento a respeito do Silêncio.

Primeiramente, qual a importância em silenciar, não só a boca, mas também a mente e o coração para ouvir e discernir o chamado de Deus?


Porque existe em nós uma certa dificuldade e até mesmo um medo em silenciar?


Como silencia inserido em uma sociedade tão barulhenta como a nossa, tanto nos ruídos físicos como nos mentais?


Não são poucos os pedidos do Papa para promovermos momentos de silêncio e oração como forma de reflexão e conversão.

O recolhimento revela a nós mesmo a nossa verdadeira face, sem as máscaras que costumamos vestir para enfrentar as realidades adversas de nossa vida, revelando as feridas mais profundas, mas ajudando, também, a conhecermos, humildemente , as virtudes que temos.


O recolhimento em oração promove o conhecimento próprio, propiciando o momento adequado para rever atitudes e dar ênfase a direcionamento e propósitos que exigem de nós uma atitude concreta.


Nisto temos o exemplo de Nossa Senhora que soube viver bem o silêncio e o recolhimento.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho

Este é um ditado popular que tenta demonstrar o que é essencial para que uma pessoa seja feliz, e não só isso, mas para que também seja lembrada, deixando um legado.
Sem dúvidas essas coisas são boas, mas não são para todos, além de não garantirem a felicidade desejada. Então vem a nossa mente: O que realmente é necessário para a felicidade e para deixarmos um legado aos nossos?

Não é uma questão simples de se responder em nossos dias. Vivemos em meio a diversas correntes de pensamento filosóficos e religiosos e acabamos tendendo a sincretizar diversos pensamentos, acolhendo, de forma hedonista, os que mais nos agradam. Mas para responder esta questão Jesus já nos dava uma pista, quando em visita a casa de seus amigos, Marta, Maria e Lazaro, dizia a marta, preocupadíssima com os afazeres domésticos e incomodada com a inércia física de Maria que escutava as palavras de Jesus: ¨Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada. ¨ (São Lucas 10,41-42)


Jesus avisa a Marta que Maria ficara com a melhor parte mas não desmerecia o trabalho de Marta, Somente alertava sobre o apego demasiado a ele, deixando escapar um momento sublime.

É necessário que se pare para escutar a voz de Deus pois ele não grita e não compete com os barulhos do nosso coração.
A vida, os afazeres, os afetos, os estudos, a convivência e os trabalhos podem acabar suprimindo, se mantemos somente neles o nosso foco, o momento onde Deus quer se fazer nosso amigo intimo como na casa de Marta e Maria.

Imagine ter Jesus em nossa casa e somente dispensarmos nossa atenção aos afazeres.
Não é tão incomum a nós esta atitude, sobre tudo nestes tempos em que a competitividade profissional, os estudos e o trabalho tornam-se tarefas essenciais para quem quer ter uma vida razoavelmente ¨segura¨.

Mas vale lembrar que segurança sem Deus é ilusão. É construir sua casa com os fundamentos sobre a areia, que podem desmoronar com o vento ou a chuva.

É importantíssimo dispensarmos momentos substanciais a reflexão com e em Deus para ouvirmos a sua voz, tomarmos um novo impulso espiritual e caminharmos rumo a verdadeira felicidade que se resume em uma palavra: Santidade.

Para isso fomos criados. Ora et labora.