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terça-feira, 21 de julho de 2009

Os Cristeros - Conflito contra a maçonaria



Quem estuda um pouco da história sabe bem dos diversos conflitos entre a Igreja e a maçonaria. Em diversas localidades, e isso inclui o Brasil com o exemplo de Bispo Dom Vital, que toma posse como Bispo de Olinda em 24 de maio de 1872, A Maçonaria tentou controlar ou exterminar a Igreja.

Dom Vital escreve: “Até 1872, a Maçonaria no Brasil respeitou a religião católica. Introduziu-se no clero, nos conventos, nos cabidos, nas confrarias. Mas quando teve um Grão-Mestre à frente do Governo nacional, julgou oportuno atacar a Igreja” (citado por Antônio Carlos Villaça, in História da Questão Religiosa no Brasil, pág. 7).

Usando de diversas formas, desde o infiltramento no clero até o próprio combate armado a maçonaria tentou desfigurar a Igreja Católica. A exemplo do Brasil, No México bastou que o Governo tivesse um líder maçon para que se tentasse extirpar a Igreja de seu território.

Assim é a história dos Cristeros.
Gente humilde, leigos e clérigos, que tentaram lutar em favor da Igreja e da liberdade religiosa no México.

Abaixo transcrevemos parte do texto da revista Pergunte e responderemos, de autoria de Dom Estevão Bettencourt, osb com parte de uma matéria do Jornal O LUTADOR de Belo Horizonte:

Reproduzimos, a seguir, artigo sobre a Maçonaria publicado no jornal belohorizontino O
LUTADOR, edição de 15 a 21 de junho de 1997, p. 8. São páginas que revelam aspectos pouco divulgados da Maçonaria, aptos a explicar o difícil diálogo entre tal sociedade secreta e a Igreja. Agradecemos à Redação daquele periódico o direito de reprodução.

“RELAÇÕES NADA CORDIAIS"

Tudo o que é secreto, desperta interesse. Tudo o que é proibido, seduz. O que parece beneficente, se faz simpático. Será por isso que tantos católicos ainda têm dúvidas sobre a “condenação” da maçonaria e recebem com desconfiança as advertências da Mãe-Igreja? Seja como for, o exame das relações entre cristãos e maçons na História do Brasil, bem como no México, traz à luz os sinais do ódio contra a Igreja de Jesus Cristo. Bispos presos, padres fuzilados, centenas de leigos assassinados a sangue frio ... Ao menos naquele tempo e naquelas circunstâncias.

MATANDO O ESCORPIÃO

Que é a Maçonaria ? Uma sociedade secreta. Qual o seu objetivo ? Tomar o poder. Como provar essa afirmação ? Pelo exemplo mexicano. A 5 de fevereiro de 1917, foi aprovada a Constituição do México, maçônica, ainda em vigor no México, após 80 anos. O presidente era Venustiano Corranza, também ele maçon, como todos os demais que se elegeram até hoje.

A Constituição restringia a liberdade religiosa, considerava crime o ensino religioso e a profissão dos votos. Ao mesmo tempo, desapropriava sumariamente os bens eclesiásticos, negando personalidade jurídica à Igreja e encerrando-a no âmbito das sacristias. Os sacerdotes foram privados de seus direitos políticos (votar e ser votado, herdar, possuir bens etc.), mas deviam prestar serviço militar.

Além disso, o Governo determinava o número de sacerdotes permitidos em cada localidade e decretava quem estava habilitado ao ministério. Só mexicanos de nascimento podiam ser sacerdotes. A partir de 1926, com a “Lei Calles”, Vera Cruz tinha um sacerdote “autorizado” para cada 100 mil habitantes.

Em Sonora, foram fechadas todas as Igrejas. Os sacerdotes sumariamente eliminados. Segundo Fidel Gonzáles, em artigo na revista “30 DIAS” (ago/93), “a violência contra a Igreja era dirigida sobretudo pelas lojas maçônicas e por um de seus grupos, o de Sonora, que alcançou com Calles (presidente de 1924 a 1928) o controle total do poder”.

Álvaro Obregón, um dos responsáveis diretos pelo assassinato do Pe. Agustin Pro (herói do conhecido livro Despistou Mil Secretas), declarou em discurso público: “Quando uma formiga nos pica, não procuramos a formiga para matá-la; pegamos um balde de água fervente e a derramamos no formigueiro. Quando um escorpião nos pica, nós o matamos; pegamos uma lanterna para procurá-lo e, se encontrarmos outro escorpião, não o deixamos viver, porque não foi ele que nos picou; nós o matamos, porque pode nos envenenar”.

UMA LEGIÃO DE MÁRTIRES

Em 1992, o Papa João Paulo II beatificou Miguel Agustin Pro e os 22 sacerdotes mártires mexicanos. Seu crime ? Exercer secretamente o seu ministério, confessando os penitentes, ungindo os enfermos e celebrando a Eucaristia. São mártires in odium fidei (por ódio à fé). Mas também o foram in odium Ecclesiae, (por ódio à Igreja), pois o objetivo do Governo maçon que mantinha o poder no México era não só erradicar a Igreja Católica, mas eliminar da vida nacional o próprio acontecimento cristão.

O episcopado tentou reagir desde o início. Uma Carta Pastoral dos Bispos mexicanos apontava sem medo o projeto governamental de “aniquilar o catolicismo”, entranhado na alma do povo. O Governo reagiu com decretos que visavam a “mexicanizar” a Igreja, tal como fizeram os países comunistas (China, Vietname etc), que favoreceram o surgimento de uma “igreja nacional”, “patriótica”, sem ligação hierárquica com Roma.

A 31 de julho de 1926, os Bispos suspenderam todas as celebrações no país. Explodia a perseguição contra o clero e as lideranças leigas. Lares invadidos, interrogatórios, tortura e julgamento de fachada. Dezenas de milhares de católicos (50 mil homens, segundo alguns historiadores) sublevaram-se e empunharam armas. Começava a guerra dos “cristeros”, que terminaria com o acordo de paz em junho de 1929. Embora sofrendo com a falta de armas, os “cristeros” estavam em seu apogeu e dominavam um vasto território. Os Bispos aceitaram um acordo com o Governo (as circunstâncias não são claras até hoje) e pediram aos fiéis para interromper a luta e cessar fogo. Tão logo as armas foram entregues, começou a matança. A Igreja tinha sido traída.

Dolores Ortega, 85 anos, remanescente de uma família de “cristeros” , declara: “Todos sabiam que era um truque, que o Governo nunca respeitaria o seu compromisso. Todos o sabiam, nós da Liga (para a Defesa da Liberdade Religiosa) e também os “Cristeros”. Quando nos pediram para interromper a luta, sentimos uma dor surda, uma angústia mais forte do que a provação que a guerra exigia”. Mesmo assim, obedeciam por fidelidade ...


Os Cristeros foram brutalmente e covardimente torturados e assassinados. Poucas chances haviam para eles tendo que combater com o exercito a polícia e todo o armamento bélico do estado. Contra isso tinham apenas alguns poucos armamentos, muitas vezes roubados de carregamentos do exeŕcito, muita coragem e fé.
Muitas famílias foram fuziladas por não negarem a fé em cristo. Desde os pais até as crianças e peincipalmente os jovens, que representavam boa parte da força da combate dos cristeros.

Fato também inegável foi a morte de vários Padres e o fechamento, como dito acima, de muitas igrejas. Vejamos abaixo o texto do Blog Observatório da Perseguição:


Por Arturo Fontagordo (Observatório da perseguição)


No período entre 1914 a 1934, o mais cruento da perseguição religiosa no México, sacerdotes, leigos, homens e mulheres ofereceram sua vida ao grito de “Viva Cristo Rei!”, de onde vem a designação “cristero”, inicialmente depreciativa, mas que hoje soa aos nossos ouvidos com um ar de martírio.

Uma tensa conciliação entre Estado e Igreja foi mantida a partir da promulgação da Constituição de 1917. A Igreja havia recuperado o poder espiritual perdido durante a guerra de reforma e exercia grande influência na formação de sindicatos de trabalhadores e camponeses.

Durante o governo de Álvaro Obregón ocorreu o primeiro conflito grave, que prenunciava como seriam as relações nos anos posteriores. Com a chegada do delegado apostólico Filippi para abençoar o Cerro del Cubillete em Silao, onde seria erigido um monumento ao Cristo Rei, o povo comparece em massa para venerá-lo e a resposta do governo é expulsar o emissário do país.

A partir de 1925, com Calles no poder, comandando os anticlericais do norte, as posições se polarizam. A perseguição religiosa teve seu ponto culminante entre 1925 e 1929, quando Calles promulgou uma lei de culto que levou à prática as disposições da Constituição de 1917.
Essas disposições, conhecidas como “Lei Calles”, estabeleciam o número de ministros consagrados por localidade, proibiam a presença de sacerdotes estrangeiros no país, limitavam o exercício dos atos de culto e, entre outras disposições, proibiam seminários e conventos.
Saíram do país 183 sacerdotes estrangeiros e 74 conventos foram fechados.

Perante essas restrições e após frustrantes negociações por parte dos bispos mexicanos com as autoridades do governo, a Igreja do México, em sinal de protesto, decidiu suspender os atos de culto.

Entretanto, a Liga Nacional de Defesa da Liberdade Religiosa assumiu a responsabilidade de organizar a resistência.
Nos primeiros dias de janeiro de 1927, depois de surtos espontâneos de rebelião e forte repressão por parte do exército, o povo se sublevava aos gritos de “Viva Cristo Rei!”, na parte ocidental do México (especialmente em Jalisco, Aguascalientes, Michoacán, Guanajuato e Colima).
Alguns sacerdotes, ainda que em número exíguo, se uniram a eles, mas a maior parte optou por uma resistência pacífica.

O número de cristãos que ofereceram suas vidas é altíssimo, com muitos mártires anônimos. Entre todos eles, se destacam 22 sacerdotes diocesanos e 3 jovens leigos que já foram canonizados.

O primeiro desses mártires é o pároco Cristóbal Magallanes.
Um caso não relacionado, mas da mesma época é o do jesuíta Miguel Agustín Pro Juárez.
Preso depois de um atentado contra o general Álvaro Obregón em 13 de novembro de 1927, o sacerdote foi fuzilado na delegacia de polícia. Seu nome se encontra hoje entre os beatos.

A luta foi desigual. O exército, bem armado e equipado, estava sob as ordens do Secretário de Marinha e de Guerra Joaquín Amaro, conhecido como “Come Padres” por sua postura anticlerical. Em 1927, o exército tinha 80.000 homens, porém a desigualdade de homens e armas não deteve os cristeros: onde a insurreição parecia ter sido abafada acabava ressurgindo em alguns dias.

A ferocidade da milícia e os ataques contra a população civil fizeram com que os cristeros fossem apoiados pelo povo e pelas autoridades políticas das localidades.
Taticamente, o movimento cristero superava a milícia regular. Estavam organizados em pequenos grupos e, por falta de meios e armas, atacavam intempestivamente, se retirando depois para a serra, onde seu profundo conhecimento do terreno e sua condição de excelentes cavaleiros lhes permitiam fugir rapidamente, enquanto e exército, com infantaria desenvolvida, se via impossibilitado de prosseguir a perseguição.

Ante a impossibilidade de controlar a rebelião, o general Amaro organizou as “concentrações”, onde os camponeses do local eram obrigados se reunir em determinado povoado, em uma data assinalada, se isso não acontecesse, as pessoas encontradas fora da zona de concentração eram fuziladas sem julgamento, o que também significou perda de colheitas, fome e enfermidades para a população civil.

Outro fator importante da luta cristera foi a formação das Brigadas Femininas de Santa Joana D’Arc. Seu trabalho era procurar dinheiro, provisões, relatórios, refúgio, cura e proteção para os combatentes, além de guardarem voto de silêncio, o que permitia um trabalho mais efetivo.
Em março de 1928, as Brigadas Femininas foram contabilizadas como tendo 10.000 militantes.

No final de 1928 a guerra estava em seu apogeu e os cristeros contavam com 30.000 homens.

As “concentrações”, só conseguiam aumentar os levantes entre a população pacífica e, além disso, os cristeros se organizaram para que os camponeses não perdessem suas plantações, colhendo o milho e o guardando para seus donos.
A falta de munição impediu que tivessem maiores vitórias, mas a rebelião já não podia ser contida e o êxito cristero parecia cada vez mais próximo.

Em 1929 a proximidade das eleições presidenciais trouxe a conjuntura política que resolveu o conflito.
Durante os anos de luta, Estado e Igreja mantiveram negociações secretas.
A Santa Sé encarregou o Monsenhor Ruíz y Flores das negociações e, por intermédio do embaixador norte-americano Morrow, foi estabelecida uma série de acordos com Calles.
Em junho de 1929 Ruíz y Flores chega ao México e entre 12 e 21 desse mês acaba a guerra.
Morrow redige o memorando e no dia seguinte são publicados os “acertos”: a Lei Calles é suspensa, mas não derrubada; é outorgada a anistia aos rebeldes; os templos são restituídos e a Igreja pode celebrar novamente os cultos.

Muitos, entre eles o general Gorostieta, que chegou a ser o chefe dos rebeldes, viram nos “acertos” uma claudicação da causa cristera.

A guerra foi dada como encerrada sem o consentimento dos que participaram das lutas, mas que aceitavam as ordens da hierarquia eclesiástica.

A verdade foi que, uma vez entregues as armas, os cristeros inermes e suas famílias foram sistematicamente aniquilados pelas forças governamentais.
Dezenas de milhares de gargantas que já não podiam gritar “Viva Cristo Rei!” no campo de batalha o fizeram de costas, no paredão.

Veja abaixo vídeos sobre os A Revolução dos Cristeros com Depoimento dos sobreviventes.









Fonte:
Revista Pergunte e Responderemos (Dom Estevão Bettencourt, osb).
Blog Observatório da perseguição.
Jornal O Lutador.
Arquivos do Youtube.

terça-feira, 14 de julho de 2009

As Imagens na Igreja

Muito já ouvimos dizer sobre as imagens, por isso o motivo da nossa comunidade no Orkut e deste blog. Porém, mesmo nós católicos e, principalmente, os protestantes, sabem muito pouco sobre a história das imagens no cristianismo, seja ela dentro da Igreja católica ou nas próprias igrejas protestante.

Alguns protestantes afirmam que a introdução das imagens é contraria a fé cristã e foi uma introdução pós Constantino na Igreja Católica.Veremos abaixo que esta afirmação é uma falácia e que até mesmo dento do protestantismo as imagens eram e são utilizadas.


As Imagens na Igreja Católica primitiva


Dentro da Igreja Católica o uso das imagens nunca foi novidade, mas a origem destas imagens ainda é um mistério para muitos de nós, católicos.

Desde os primeiros séculos a Igreja Católica, em formação, já fazia uso de imagens para transmitir a sua doutrina que estava também em formação.

Com a utilização da Ciência e trabalhos sérios de pesquisa temos certeza do uso das imagens já nos primeiros séculos do cristianismo. Existem inúmeras provas desta utilização, hora documental, hora com os próprios artefatos deixados em catacumbas, túmulos, templos escondidos e etc.


Abaixo mostraremos algumas imagens dos primeiros cristãos e da primitiva liturgia:



Imagem de Maria e o Menino Jesus – Mostra a veneração dos cristãos dos primeiros séculos a Virgem e ao Jesus menino.




Imagem do batismo de uma criança. Observe que este nem mesmo é o tema do assunto, mas já mostra outras questões também de divergência.






Imagens de 5 Santos da Igreja primitiva.


Cristo o Pastor- O artefato mostra, sem sombra de dúvidas, a confecção de imagens pelas mãos dos primeiros cristãos.




Vemos aqui que os primeiros cristão conservavam artefatos para a celebração da Eucaristia. Aqui estão guardados algumas peças não somente para a Eucaristia mas para os outros sacramentos.



Local para armazenamento das peças para a celebração da Eucaristia.






Imagem da primitiva "Capela dos cinco Santos"



A imagem de Cristo com os Apóstolos e a fração do pão.





A imagem "O orante".


Imagem de São Sisto – Pela árvore genealógica da Igreja Católica é o sétimo Papa depois de Pedro.




Monograma De Cristo – Qualquer semelhança com o símbolo usado pelos padres não é mera coincidência.








A âncora.








As Imagens nas Igrejas Protestantes (Igrejas históricas)


Vemos que a história da igreja nos primeiros séculos é totalmente contraditória com os ensinamentos da maior parte das igrejas protestantes existentes hoje no Brasil. Este Neo protestantismo e suas falácias estão totalmente fora dos enquadramentos dos cristãos primitivos.

No entanto, vejamos que nas Igrejas protestantes históricas e também em outras, um pouco mais preocupadas com a coerência histórica do cristianismo primitivo, a situação é bem diferente.

Vemos claramente que as igrejas que deram origem a todo o protestantismo mundial utilizam-se das imagens de forma normal. Essas, que estão mais apegadas ao real sentido de seus fundadores, demonstram tolerância as imagens como a Igreja Católica. Algumas como a anglicana, luterana, batista e outras.

Vejamos agora algumas imagens em igrejas protestantes:



Igreja Mãe do Presbiterianismo- Edimburgo.




Catedral Anglicana de Cristo e Santa Maria Liverpool.




Muro dos reformadores- Genebra- Culto do 5º centenário de Calvino.








Igreja Luterana – Lituânia.





A Primeira Igreja Presbiteriana de Springfield.






Imagens do Templo adventista - Toronto - Canadá.






A escultura, baseada no Salmo 33 da Primeira Igreja Presbiteriana







A Imagem de Martinho Lutero na Catedral Luterana São Nicolau- Helsink.







Busto calvino-Museu da reforma.






Busto de Lutero - Escola Superior de teologia- São Leopoldo-RS.






Catedral Calvinista de Edimburgo.







Catedral Calvinista São Pedro – Genebra.






Catedral de Santo Egídio - Anjo com água benta - Igreja Mãe do Presbiterianismo – Edimburgo.






Catedral de Santo Egídio - Igreja Mãe do Presbiterianismo - Edimburgo -VITRAL COM IMAGENS DE SANTOS.






Catedral Luterana São Nicolau – Helsinki.






Catedral Metodista São Paulo - Houston, EUA.






Anjo guardião-Casa da Esperança Igreja Presbiteriana - EUA.






Primeira Igreja Batista da África - Savana.






Igreja Batista Sião, Truro, árvore de Portia escultura Branco, 2004.






IGREJA PENTECOSTAL SOLID ROCK.






Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro‎ - Rua Silva Jardim, 23 - Centro, Rio de Janeiro.






Imagem de comemoração 150 anos em frente a igreja presbiteriana em Minneapolis.












A Primeira Igreja Batista coríntio em 7 º e 116. Street.







Quatro Angelic trompetista, por Bartholdi, na Primeira Igreja Batista, Boston.






Shandon Igreja Batista em Columbia SC.






Imagem de John Knox na Catedral de Edimburgo.





Catedral anglicana


O que é muito estranho e contraditório é saber que algumas das igrejas relacionadas, quando no Brasil, rechaçam o uso de imagens a todo custo, como se elas fossem uma abominação.

Mas, de forma pratica, podemos notar que mesmo religiões protestantes utilizam imagens sem que isso gere qualquer problema de fé. Isso reafirma a incoerência por parte do neo protestantismo Brasileiro com o cristianismo primitivo.

Fontes:
http://praelio.blogspot.com/2009/02/igreja-primitiva-x-protestantismo.html
Participantes da Comunidade Católicos não adoram imagnes: Vera, Angelo, France e António Carlos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

QUANDO A LITURGIA SE TORNA MERA BRINCADEIRA





Não quero colocar aqui em questão que rito é melhor, o Tridentino ou o de Paulo VI. Sabemos bem que os dois são aprovados e mostram bem o sentido do verdadeiro sacrifício de Cristo. O que quero é questionar como andam os ritos em nossas paróquias, principalmente o rito novo, que é tão ultrajado.

Como anda nossa liturgia?
Como esta sendo cumprido o preceito deixado, por Jesus a nós?

Vemos perfeitamente que, no Brasil, atrocidades são cometidas a liturgia, tirando o verdadeiro sentido que ela deve transmitir. Tirando o sentido, a sacralidade e a verdadeira beleza do rito, embora a Eucaristia, que é o centro da celebração , esteja lá. No entanto, o fiel acaba não tendo a devida atenção ao sacrifício de Cristo. Adornam a Santa Missa com eventos que só chamam a atenção para si, tirando dos fiéis a atenção que se deve ter ao Sacrifício de Cristo.
Como quis transmitir, o Papa, enquanto cardeal e prefeito da Congregação para a doutrina da Fé, a liturgia tem sido vítima de uma usurpação de sentido. O humano tem ganho posto central. Vemos isso nas folhas, nos cantos e nos atos.

“A história do bezerro de ouro alerta para um culto autocrático e egoísta em que, no fundo, não se faz questão de Deus, mas sim em criar um pequeno mundo alternativo por conta própria. Aí, então a Liturgia se torna mera brincadeira. Ou pior: ela significa o abandono do Deus verdadeiro, disfarçado debaixo de um tampo sacro.” (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.16)

“Este culto torna-se uma celebração da comunidade para com ela própria; ele é uma auto-afirmação. A adoração de Deus torna-se num rodopio em volta de si próprio: o comer, o beber, o divertir-se; A dança em volta do bezerro de ouro é a imagem do culto à procura de si, tornando-se numa espécie de auto-satisfação frívola.” (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.16)

QUANDO SE TORNA CELEBRAÇÃO DE SI

Sobre a missa celebrada com o padre de frente ao povo o papa afirma:

“Cada vez menos é Deus que se encontra em destaque, cada vez mais importância ganha tudo o que as pessoas aqui reunidas fazem e que em nada se querem submeter a um “esquema prescrito”. O sacerdote que se volta para a comunidade forma, juntamente com ela, um círculo fechado em si. A sua forma deixou de ser aberta para cima e para frente; ela encerra-se em si própria. Voltar-se em conjunto para o Oriente, não era uma “celebração da parede” e não significava do sacerdote “virar costas ao povo”: no fundo, isso não tinha muita importância. Porque da mesma maneira como as pessoas na Sinagoga se voltavam para Jerusalém, elas voltavam-se aqui em conjunto “para o Senhor”. (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.59) 5

A opinião acima do, na ocasião, Cardeal Ratzinger, hoje Papa, é passível de discussão, contudo ele têm razão em um ponto:
Aliada a outros erros litúrgicos, a posição do sacerdote tona o humano centro da liturgia. Claro que a posição do sacerdote, em si, não é o problema, mas justamente a idéia que fazem dela com o agravante da falta de catequese. A posição do sacerdote de costas ao povo já demonstraria que não é ele (sacerdote) o centro do rito.
Não sou pessoalmente favorável a missa com o sacerdote virado de costas ao povo, mas para que a missa, que assistimos todos os domingos, tenha o real sentido restaurado é necessário o empenho dos sacerdotes e leigos mais esclarecido em ensinar e mostrar comportamento adequado para a execução de uma missa igualmente adequada. O Sacerdote deve retomar o seu lugar de sacerdote e o leigo o seu lugar de leigo.

“Considero as inovações mais absurdas das últimas décadas aquelas que põem de lado a cruz, a fim de libertar a vista dos fiéis para o sacerdote. Será que a cruz incomoda a eucaristia? Será que o sacerdote é mais importante do que o Senhor” (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.62)

A recomendação acima do Cardeal é muito fácil de ser observada, visto que são poucas as igrejas do Brasil que se utilizam da cruz sobre a mesa do altar, mas ela é indispensável. Para saber sobre isso pedi ajuda a um amigo meu que é mestre de cerimônias. Valeu Andenson.

QUANDO VIRA DIVERSÃO DE GÊNERO RELIGIOSO

“A dança não é uma forma de expressão cristã(na liturgia)*. Já no século III, os círculos gnósticos-docéticos tentaram introduzi-la na Liturgia. Eles consideravam a crucificação apenas como uma aparência: segundo eles, Cristo nunca abandonou o corpo, porque nunca chegou a encarnar antes de sua paixão; consequentemente, a dança podia ocupar o lugar da Liturgia da Cruz, tendo a cruz sido apenas uma aparência. As danças cultuais das diversas religiões são orientadas de maneiras variadas, invocação, magia analógica, êxtase místico; porém, nenhuma dessas formas corresponde à orientação interior da Liturgia do “sacrifício da Palavra”. É totalmente absurdo, na tentativa de tornar a Liturgia “mais atraente”, recorrer a espetáculos de pantominas de dança, possivelmente com grupos profissionais, que muitas vezes, terminam em aplauso. Sempre que haja aplauso pelos aspectos humanos na Liturgia, é sinal de que a sua natureza se perdeu inteiramente, tendo sido substituída por diversão de gênero religioso.” (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.147)
Grifo meu*

Devemos lembrar das inumeras "coisas" antiliturgicas que introduziram na missa a outras inumeras partes que sacerdotes e leigos retiraram do rito. Confesso que eu mesmo já havia ajudado em muitas delas. Mas, logicamente, percebia que elas atraiam a atenção para mim e não para Cristo. Quem era aplaudido não era cristo, era eu. Essas situações aguçam o ego e não contribuem em nada com o sacrifício de Cristo.
Percebo também, hoje, o quanto faz falta os paramentos retirados e o rito mutilado que é oferecido a Deus hoje.

Devemos retornar para a liturgia correta do missal. E deixar de inovar e permitindo que no o sacrifício de cristo seja ele o centro.

Meritos das pesquisas dos documentos:
Ervandro Junior - Comunidade católicos não adoram imagens.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Problemas com a TL

No texto abaixo postado, no Apostolado Shemá, pelo meu amigo Junior veremos os principais problemas que tornam a TL inviáveis ao catolicismo. O texto nos leva a pensar, também, se esses problemas são ou não reversíveis.


Teologia da Libertação - Por que é condenada?

Por Nilson Pereira dos Santos Júnior em www.apostoladoshema.com .

Introdução Histórica:

A Teologia da Libertação nasceu da influência de três frentes de pensamento: o Evangelho Social das igrejas norte-americanas, trazido ao Brasil pelo missionário e teólogo presbiteriano Richard Shaull; a Teologia da Esperança, do teólogo reformado Jürgen Moltmann; e a teologia política que tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo batista Harvey Cox, nos EUA. Depois disso nós temos o Teólogo Brasileiro Leonardo Boff em 1972, como Ruben Alves estava exilado, ele se tornou um grande ícone da Teologia da Libertação no Brasil.

Vamos conhecer as declarações dos Teólogos da Libertação e procurar a origem da TL:


"O que propomos não é Teologia dentro do marxismo, mas marxismo (materialismo histórico) dentro da Teologia". (Leonardo Boff , num artigo. no Jornal do Brasil, em 6 de Abril de 1980)



“Para a Teologia da Libertação a sociedade "socialista" que ela procura instaurar é sinônimo de "Reino de Deus": "Se assim é, eu afirmo que hoje, para nós, o Reino de Deus é concretamente o socialismo" (L. Boff e Cl. Boff. Da Libertação, p. 96)


Meu socialismo nutre-se mais da comunidade primitiva dos cristãos, descrita nos Atos dos Apóstolos, que na teoria do valor". (Alívio, Angústia e Esperança - Frei Betto)


A era da felicidade pessoal acabou. O que nós substituímos a ela é a aspiração a uma felicidade da comunidade"(...)Eis o que eu chamo de felicidade da comunidade. É uma felicidade que somente as primeiras comunidades cristãs puderam experimentar com a mesma intensidade" (Adolfo Hitler, apud Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, p. 218)

Irei enumerar alguns pontos relevantes onde a Teologia da Libertação é contraria a Fé Católica.

1- A TL coloca um “Cristo Histórico” e um “Cristo da Fé” diferente da própria concepção da Teologia Católica. Para a TL o "Cristo Histórico"é classificado como um "revolucionário político", um Cristo mais terreno do que Divino.

O Papa Bento XVI quanto Cardeal e Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé pronunciou: “ No presente documento tratar-se-á somente das produções daquela corrente de pensamento que, sob o nome de "teologia da libertação", propõem uma interpretação inovadora do conteúdo da fé e da existência cristã, interpretação que se afasta gravemente da fé da Igreja, mais ainda, constitui uma negação prática desta fé.”


(Libertatis Nuntius, VI, 9 - Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé).


Outrossim, vale relembrar:

“Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do batismo, de qualquer verdade que se deva crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dela; [...]”
(Código de Direito Canônico, Cân. 751).

Sabemos que o homem tem por natureza uma inclinação ao mal, é mais fácil fazer o mal do que o bem. O pecado é o gerador de todos os males da humanidade, então é impossível vermos um homem liberto por Jesus sem antes o mesmo não for liberto do domínio daquele que é o causador de toda a corrupção humana.


2- Compreensão meramente simbólica dos milagres ligados a Cristo (multiplicação dos pães, eucaristia, ressurreição etc.).

Sem atribuir aos milagres de Cristo um fato histórico e verídico, não temos como estar de acordo com a Fé Católica, sendo assim, os protestantes estariam certos ao afirmarem que não comungamos da Eucaristia.

3- Mistura conceitos Marxistas com a doutrina Cristã da Igreja.

Assim disse o Papa Bento XVI :

" Marx mostrou com exatidão como realizar a derrubada das estruturas. "Mas não nos disse como as coisas deveriam proceder depois. Ele supunha simplesmente que, com a expropriação da classe dominante, a queda do poder político e a socialização dos meios de produção, ter-se-ia realizado a Nova Jerusalém ." Marx "esqueceu que o homem permanece sempre homem. Esqueceu o homem e sua liberdade. Esqueceu que a liberdade permanece sempre liberdade, inclusive para o mal . (...) O seu verdadeiro erro é o materialismo: de fato, o homem não é só o produto de condições econômicas nem se pode curá-lo apenas do exterior. (...) Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor ".
(Encíclica Spe Salvi - Bento XVI)

A cultura Marxista prometeu muito aos países do terceiro mundo, prometeu um mundo melhor. Só que a cultura de Carlos Marx obriga o homem a se afastar de Deus, e nada pode ser bom não partindo d’Aquele que é bom por si só. As promessas eram de gerar mais “pão” mas foram geradas “pedras”, hoje temos uma sociedade com as bases derrubadas tanto na questão econômica, quanto na moral e espiritual. O Papa lembra que “o homem é sempre homem”, e se ele próprio constituiu uma sociedade perversa e opressora, ele tende constitui-lá novamente, pois só com a Graça de Deus o homem não se corrompe.

4- Dimensão horizontal da fé católica (=relação com o próximo),deixando para segundo plano a dimensão vertical (= relação Deus e o homem).

Dessa forma, a religião se torna não um ambiente de adoração a Deus, mas um lugar para a satisfação materialista e terrena da humanidade. Recentemente, o Teólogo da Libertação Clóvis Boff escreveu sobre os erros da própria TL ao site Adital. Onde ele afirma que ” a Teologia da Libertação colocou os pobres no lugar de Cristo”.

5 - Relativismo, indiferentismo e contestação da Fé da Igreja como algo essencial ao homem. Não há libertação do homem sem este aderir incondicionalmente a Fé em Cristo, e não há como ter fé em Cristo plenamente sem ter fé na sua Igreja.

Assim disse o Papa João Paulo II:

“Neste ponto é indispensável ter presente a importante reflexão da Instrução Libertatis conscientia (n. 23 e 71) sobre as duas dimensões constitutivas da libertação na sua concepção cristã: quer no nível da reflexão quer na sua práxis, a libertação é, antes de tudo, soteriológica (um aspecto da Salvação realizada por Jesus Cristo, Filho de Deus) e depois ‚ético-social (ou ético-política), Reduzir uma dimensão à outra suprimindo as praticamente a ambas ou antepor a segunda à primeira ‚ subverter e desnaturar a verdadeira libertação cristã. O dever dos Pastores, portanto, anunciar a todos os homens, sem ambigüidades, o mistério da libertação que se encerra na Cruz e na Ressurreição de Cristo. A Igreja de Jesus, nos nossos dias como em todos os tempos, no Brasil como em qualquer parte do inundo, conhece uma só sabedoria e uma só potência: a da Cruz que leva à Ressurreição (cf. l Cor 2,1´5; Gl 6,14). Os pobres deste País, que têm nos Senhores os seus Pastores, os pobres deste Continente são os primeiros a sentir urgente necessidade deste evangelho da libertação radical e integral. Sonegá-lo seria defraudá-los e desiludi-los. Por outro lado, os Senhores e com os Senhores toda a Igreja no Brasil mostram-se prontos à empreender, em seu setor próprio e na linha do próprio carisma, tudo aquilo que deriva, como conseqüência, da libertação soteriológica. É, aliás, o que a Igreja, desde os seus albores, sempre procurou fazer por meio de seus santos, seus mestres e seus pastores e por meio de seus fiéis engajados nas realidades temporais. Permitam-me, Irmãos no episcopado, que, com plena confiança, os convide a uma tarefa menos visível mas de alta relevância, além de profundamente conexa com nossa função episcopal: a de educar para a libertação, educando para a liberdade. (cf. Libertatis conscicntia, n. 80, 81 e 94).


O Papa Paulo VI, na “Evangelii Nuntiandi”, explicou o que é a verdadeira libertação:


“Acerca da libertação que a evangelização anuncia e se esforça por atuar, é necessário dizer antes o seguinte: ela não pode ser limitada à simples e restrita dimensão econômica, política, social e cultural; mas deve ter em vista o homem todo, integralmente, com todas as suas dimensões, incluindo a sua abertura para o absoluto, mesmo o absoluto de Deus... Mais ainda: a Igreja tem a firme convicção de que toda a libertação temporal, toda a libertação política, mesmo que ela porventura se esforçasse por encontrar numa ou noutra página do Antigo ou do Novo Testamento a própria justificação, ... encerra em si mesma o gérmen da sua própria negação e desvia-se do ideal que se propõe, por isso mesmo que as suas motivações profundas não são as da justiça na caridade, e porque o impulso que a arrasta não tem dimensão verdadeiramente espiritual e a sua última finalidade não é a salvação e a beatitude em Deus.”

“A libertação que a evangelização proclama e prepara é aquela mesma que o próprio Jesus Cristo anunciou e proporcionou aos homens pelo seu sacrifício.” (n.33)

Assim disse o Papa João Paulo II aos Bispos do Brasil: “Para alcançar a justiça social se requer muito mais do que a simples aplicação de esquemas ideológicos originados pela luta de classes como, por exemplo, através da invasão de terras – já reprovada na minha viagem pastoral em 1991 – e de edifícios públicos e privados, ou por não citar outros, a adoção de medidas técnicas extremas, que podem ter conseqüências bem mais graves do que a injustiça do que pretendiam resolver”. (26 de Novembro de 2002 aos bispos do Brasil)


"Na Rerum Novarum, Leão XIII com diversos argumentos, insistia fortemente, contra o socialismo de seu tempo, no caráter natural do direito de propriedade privada. Este direito, fundamental para a autonomia e desenvolvimento da pessoa, foi sempre defendido pela Igreja ate nossos dias" (Enc. Centesimus Annus, tópico 30 da ed. Paulinas)

Para encerrar, cito esta famosa frase do gigante teólogo brasileiro D. Estevão Soares Bittencurt:

"O cristão não pode ser de forma alguma, insensível à miséria dos povos do Terceiro Mundo. Todavia para acudir cristãmente a tal situação, não lhe é necessário adotar um sistema de pensamento que é anticristão como a Teologia da Libertação; existe a doutrina social da Igreja, desenvolvida pelos Papas desde Leão XIII até João Paulo II de maneira cada vez mais incisiva e penetrante. Se fosse posta em prática, eliminaria graves males de que sofrem os homens, sem disseminar o ódio e a luta de classes".

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