Pesquisar este blog

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Problemas com a TL

No texto abaixo postado, no Apostolado Shemá, pelo meu amigo Junior veremos os principais problemas que tornam a TL inviáveis ao catolicismo. O texto nos leva a pensar, também, se esses problemas são ou não reversíveis.


Teologia da Libertação - Por que é condenada?

Por Nilson Pereira dos Santos Júnior em www.apostoladoshema.com .

Introdução Histórica:

A Teologia da Libertação nasceu da influência de três frentes de pensamento: o Evangelho Social das igrejas norte-americanas, trazido ao Brasil pelo missionário e teólogo presbiteriano Richard Shaull; a Teologia da Esperança, do teólogo reformado Jürgen Moltmann; e a teologia política que tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo batista Harvey Cox, nos EUA. Depois disso nós temos o Teólogo Brasileiro Leonardo Boff em 1972, como Ruben Alves estava exilado, ele se tornou um grande ícone da Teologia da Libertação no Brasil.

Vamos conhecer as declarações dos Teólogos da Libertação e procurar a origem da TL:


"O que propomos não é Teologia dentro do marxismo, mas marxismo (materialismo histórico) dentro da Teologia". (Leonardo Boff , num artigo. no Jornal do Brasil, em 6 de Abril de 1980)



“Para a Teologia da Libertação a sociedade "socialista" que ela procura instaurar é sinônimo de "Reino de Deus": "Se assim é, eu afirmo que hoje, para nós, o Reino de Deus é concretamente o socialismo" (L. Boff e Cl. Boff. Da Libertação, p. 96)


Meu socialismo nutre-se mais da comunidade primitiva dos cristãos, descrita nos Atos dos Apóstolos, que na teoria do valor". (Alívio, Angústia e Esperança - Frei Betto)


A era da felicidade pessoal acabou. O que nós substituímos a ela é a aspiração a uma felicidade da comunidade"(...)Eis o que eu chamo de felicidade da comunidade. É uma felicidade que somente as primeiras comunidades cristãs puderam experimentar com a mesma intensidade" (Adolfo Hitler, apud Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, p. 218)

Irei enumerar alguns pontos relevantes onde a Teologia da Libertação é contraria a Fé Católica.

1- A TL coloca um “Cristo Histórico” e um “Cristo da Fé” diferente da própria concepção da Teologia Católica. Para a TL o "Cristo Histórico"é classificado como um "revolucionário político", um Cristo mais terreno do que Divino.

O Papa Bento XVI quanto Cardeal e Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé pronunciou: “ No presente documento tratar-se-á somente das produções daquela corrente de pensamento que, sob o nome de "teologia da libertação", propõem uma interpretação inovadora do conteúdo da fé e da existência cristã, interpretação que se afasta gravemente da fé da Igreja, mais ainda, constitui uma negação prática desta fé.”


(Libertatis Nuntius, VI, 9 - Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé).


Outrossim, vale relembrar:

“Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do batismo, de qualquer verdade que se deva crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dela; [...]”
(Código de Direito Canônico, Cân. 751).

Sabemos que o homem tem por natureza uma inclinação ao mal, é mais fácil fazer o mal do que o bem. O pecado é o gerador de todos os males da humanidade, então é impossível vermos um homem liberto por Jesus sem antes o mesmo não for liberto do domínio daquele que é o causador de toda a corrupção humana.


2- Compreensão meramente simbólica dos milagres ligados a Cristo (multiplicação dos pães, eucaristia, ressurreição etc.).

Sem atribuir aos milagres de Cristo um fato histórico e verídico, não temos como estar de acordo com a Fé Católica, sendo assim, os protestantes estariam certos ao afirmarem que não comungamos da Eucaristia.

3- Mistura conceitos Marxistas com a doutrina Cristã da Igreja.

Assim disse o Papa Bento XVI :

" Marx mostrou com exatidão como realizar a derrubada das estruturas. "Mas não nos disse como as coisas deveriam proceder depois. Ele supunha simplesmente que, com a expropriação da classe dominante, a queda do poder político e a socialização dos meios de produção, ter-se-ia realizado a Nova Jerusalém ." Marx "esqueceu que o homem permanece sempre homem. Esqueceu o homem e sua liberdade. Esqueceu que a liberdade permanece sempre liberdade, inclusive para o mal . (...) O seu verdadeiro erro é o materialismo: de fato, o homem não é só o produto de condições econômicas nem se pode curá-lo apenas do exterior. (...) Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor ".
(Encíclica Spe Salvi - Bento XVI)

A cultura Marxista prometeu muito aos países do terceiro mundo, prometeu um mundo melhor. Só que a cultura de Carlos Marx obriga o homem a se afastar de Deus, e nada pode ser bom não partindo d’Aquele que é bom por si só. As promessas eram de gerar mais “pão” mas foram geradas “pedras”, hoje temos uma sociedade com as bases derrubadas tanto na questão econômica, quanto na moral e espiritual. O Papa lembra que “o homem é sempre homem”, e se ele próprio constituiu uma sociedade perversa e opressora, ele tende constitui-lá novamente, pois só com a Graça de Deus o homem não se corrompe.

4- Dimensão horizontal da fé católica (=relação com o próximo),deixando para segundo plano a dimensão vertical (= relação Deus e o homem).

Dessa forma, a religião se torna não um ambiente de adoração a Deus, mas um lugar para a satisfação materialista e terrena da humanidade. Recentemente, o Teólogo da Libertação Clóvis Boff escreveu sobre os erros da própria TL ao site Adital. Onde ele afirma que ” a Teologia da Libertação colocou os pobres no lugar de Cristo”.

5 - Relativismo, indiferentismo e contestação da Fé da Igreja como algo essencial ao homem. Não há libertação do homem sem este aderir incondicionalmente a Fé em Cristo, e não há como ter fé em Cristo plenamente sem ter fé na sua Igreja.

Assim disse o Papa João Paulo II:

“Neste ponto é indispensável ter presente a importante reflexão da Instrução Libertatis conscientia (n. 23 e 71) sobre as duas dimensões constitutivas da libertação na sua concepção cristã: quer no nível da reflexão quer na sua práxis, a libertação é, antes de tudo, soteriológica (um aspecto da Salvação realizada por Jesus Cristo, Filho de Deus) e depois ‚ético-social (ou ético-política), Reduzir uma dimensão à outra suprimindo as praticamente a ambas ou antepor a segunda à primeira ‚ subverter e desnaturar a verdadeira libertação cristã. O dever dos Pastores, portanto, anunciar a todos os homens, sem ambigüidades, o mistério da libertação que se encerra na Cruz e na Ressurreição de Cristo. A Igreja de Jesus, nos nossos dias como em todos os tempos, no Brasil como em qualquer parte do inundo, conhece uma só sabedoria e uma só potência: a da Cruz que leva à Ressurreição (cf. l Cor 2,1´5; Gl 6,14). Os pobres deste País, que têm nos Senhores os seus Pastores, os pobres deste Continente são os primeiros a sentir urgente necessidade deste evangelho da libertação radical e integral. Sonegá-lo seria defraudá-los e desiludi-los. Por outro lado, os Senhores e com os Senhores toda a Igreja no Brasil mostram-se prontos à empreender, em seu setor próprio e na linha do próprio carisma, tudo aquilo que deriva, como conseqüência, da libertação soteriológica. É, aliás, o que a Igreja, desde os seus albores, sempre procurou fazer por meio de seus santos, seus mestres e seus pastores e por meio de seus fiéis engajados nas realidades temporais. Permitam-me, Irmãos no episcopado, que, com plena confiança, os convide a uma tarefa menos visível mas de alta relevância, além de profundamente conexa com nossa função episcopal: a de educar para a libertação, educando para a liberdade. (cf. Libertatis conscicntia, n. 80, 81 e 94).


O Papa Paulo VI, na “Evangelii Nuntiandi”, explicou o que é a verdadeira libertação:


“Acerca da libertação que a evangelização anuncia e se esforça por atuar, é necessário dizer antes o seguinte: ela não pode ser limitada à simples e restrita dimensão econômica, política, social e cultural; mas deve ter em vista o homem todo, integralmente, com todas as suas dimensões, incluindo a sua abertura para o absoluto, mesmo o absoluto de Deus... Mais ainda: a Igreja tem a firme convicção de que toda a libertação temporal, toda a libertação política, mesmo que ela porventura se esforçasse por encontrar numa ou noutra página do Antigo ou do Novo Testamento a própria justificação, ... encerra em si mesma o gérmen da sua própria negação e desvia-se do ideal que se propõe, por isso mesmo que as suas motivações profundas não são as da justiça na caridade, e porque o impulso que a arrasta não tem dimensão verdadeiramente espiritual e a sua última finalidade não é a salvação e a beatitude em Deus.”

“A libertação que a evangelização proclama e prepara é aquela mesma que o próprio Jesus Cristo anunciou e proporcionou aos homens pelo seu sacrifício.” (n.33)

Assim disse o Papa João Paulo II aos Bispos do Brasil: “Para alcançar a justiça social se requer muito mais do que a simples aplicação de esquemas ideológicos originados pela luta de classes como, por exemplo, através da invasão de terras – já reprovada na minha viagem pastoral em 1991 – e de edifícios públicos e privados, ou por não citar outros, a adoção de medidas técnicas extremas, que podem ter conseqüências bem mais graves do que a injustiça do que pretendiam resolver”. (26 de Novembro de 2002 aos bispos do Brasil)


"Na Rerum Novarum, Leão XIII com diversos argumentos, insistia fortemente, contra o socialismo de seu tempo, no caráter natural do direito de propriedade privada. Este direito, fundamental para a autonomia e desenvolvimento da pessoa, foi sempre defendido pela Igreja ate nossos dias" (Enc. Centesimus Annus, tópico 30 da ed. Paulinas)

Para encerrar, cito esta famosa frase do gigante teólogo brasileiro D. Estevão Soares Bittencurt:

"O cristão não pode ser de forma alguma, insensível à miséria dos povos do Terceiro Mundo. Todavia para acudir cristãmente a tal situação, não lhe é necessário adotar um sistema de pensamento que é anticristão como a Teologia da Libertação; existe a doutrina social da Igreja, desenvolvida pelos Papas desde Leão XIII até João Paulo II de maneira cada vez mais incisiva e penetrante. Se fosse posta em prática, eliminaria graves males de que sofrem os homens, sem disseminar o ódio e a luta de classes".

Não deixe de visitar o Apostolado Shemá

0 comentários:

Postar um comentário

Muito obrigado pela sua participação. Deus te abençoe e te guarde, que ele volva a sua face e se compadeça de ti. Amém.