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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Coitada da Memória de São Jorge





Hoje, dia 23 de Abril é dia de São Jorge (Mártir).

Muito se especula, mas muito pouco se sabe sobre este Santo. Ficamos com uma herança, que se não ofende, deturpa a memória do verdadeiro Jorge, Soldado romano que deu a vida para não negar sua fé em Cristo Jesus.

Caso algum não católico caia aqui de para-quedas, explicarei o que são os santos para nós católicos.

Para a igreja Católica, contrariando o que alguns afirmam por ai, não são somente santos aqueles a quem a Igreja proclama a santidade, seja pela vida ou pelo martírio.
Todos os seres humanos sao convidados a participar da Santidade que tem sua fonte no próprio Deus. Portanto, todo aquele que é reconhecido por santo, não o é por si só, mas sim pela a graça de Deus que o envolve.
Todo santo que por nós é honrado tem sua santidade vinda do Próprio Cristo, que é fonte inesgotável de santidade.

Então, Sao Jorge, São Josemaria Escrivá, Sao Paulo, São Pedro ou qualquer Santo de Deus, tem sua fonte de santidade no amor do amor de quem primeiro amou.(parafraseando uma trecho da música da banda protestante Stryper).

Interessante notar que no Rio de Janeiro, São Jorge é muito festejado por religiões afro-descendente sob o véu do santo católico. Porem, todos sabemos que na realidade, essa "festa" toda é para um orixá, segundo a cultura afro-brasileira, denominado Ogum.

Não vamos nos deter em quem é ou não essa entidade mitológica africana, mas sim em quem Realmente foi São Jorge. Mas cabe-nos alguns parênteses.

As Religiões Africanas, da qual descendem as religiões afro brasileiras, introduzidas aqui pelos escravos não tem data de surgimento. Não se tem ideia quando e como surgiram. Nesta linha encontra-se o candomblé.

O candomblé é uma religião Politeísta (que tem mais de um deus) e que com a sincretização entre as de seus fiéis com as religiões kadercistas (França), Católica (Jerusalém/Europa) e indígena deu origem a outras tantas vertentes. Incluindo aqui a umbanda.

Sabendo disso podemos perceber que um Soldado Romano , não poderia fazer parte do hall dos deuses africanos, tendo em vista que esse hall já existia séculos antes.
É muito interessante notar também que, antes do contacto com os Europeus e suas culturas no Brasil, que inclui a religião, as tribos africanas não faziam referência a seres mitológicos de descendência europeia (Soldado Romano).

No Brasil, os africanos, proibidos de cultuar deuses pagãos, arranjaram um modo engenhoso de continuar cultuando seus deuses. Sem entender o catolicismo e sincretizando suas crenças , adotaram os santos católicos como deuses e os assemelharam a os seus próprios.

Por isso ogum, deus do ferro e guerreiro, acabou sendo associado a um soldado romano. Nada melhor que um soldado com todos os paramentos e armaduras.

Pois bem. Nesta história São Jorge, pelo menos no Brasil, sai perdendo. Sua memória foi tão erroneamente mixada popularmente com a de ogum que até muitos católicos vêem São Jorge com reservas. Hoje os adeptos da umbanda, quibanda e candomblé praticamente usurparam de nós católicos a imagem de São Jorge.

Mas quem realmente foi São Jorge.

Sabe-se muito pouco sobre detalhes da vida São Jorge, mas temos informações que ele viveu em um período de grande perseguição religiosa aos cristão, sob o império de Diocleciano por volta do século III. E que deu sua vida para não negar sua fé de Cristo.

Fonte: Veritatis Splendor
1ª) Antes de mais nada, devemos reconhecer que pouco se sabe a respeito da vida de São Jorge, já que, devido a sua grande popularidade, muitos "fatos lendários" foram acrescidos indevidamente à sua biografia por pessoas, sem dúvida alguma, piedosas, mas que, por outro lado, estavam despreocupadas em manter correspondência com a História. É por essa razão, aliás, que sua festa já não tem o relevo que tinha antigamente (o que, evidentemente, não significa que o título de "santo" lhe foi cassado ou que o santo não tenha existido historicamente, como maliciosamente espalham muitos anticatólicos).

2ª) Algumas informações, entretanto, podem ser tidas como verídicas ou bem prováveis, uma vez que o acompanham desde os tempos mais remotos: de origem oriental (talvez Capadócia), nascido por volta do ano 270, tornou-se soldado romano e, convertido ao Cristianismo, foi martirizado nos tempos de Diocleciano (possivelmente no dia 23 de abril de 303, na Nicomédia, Ásia Menor). A Tradição relata que os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Dióspolis); sobre seu túmulo o imperador Constantino mandou erguer uma igreja, o que permitiu que a devoção ao santo se espalhasse rapidamente por todo o Oriente: no século V, em Constantinopla, já havia cinco igrejas a ele dedicadas; muitas outras, porém, surgiram nos países próximos como Egito, Armênia e Grécia. Não há dúvidas, portanto, que São Jorge realmente existiu e sua veneração era extremamente popular desde o século IV, tanto nas igrejas orientais (de língua grega), quanto nas ocidentais (de língua latina). É, aliás, o santo patrono da Inglaterra, Portugal, Catalunha, Lituânia e Geórgia; da cidade de Moscou; e também padroeiro dos escoteiros.

Temos que resgatar o que é nosso, enquanto católicos, através do conhecimento e da oração.

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