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sexta-feira, 25 de julho de 2008

A Igreja Católica na China



A Igreja Católica na China

Nós Brasileiros quase não conseguimos imaginar o que seja uma perseguição religiosa, mas não é novidade para ninguém que muitos países principalmente na Ásia promovem tais eventos.

No dia 30 de Junho de 2007 Sua Santidade o Papa Bento XVI escreveu aos fiéis da Igreja Católica da China com o intuito de confortar-los e orienta-los com relação aos eventos que infelizmente ainda ocorrem por lá.

Em sua Carta o Papa Bento felicita os fiéis leigos e clérigos pela perseverança em guardar a fé em um país que não vem permitindo a manifestação da fé católica em seus territórios. Com essa carta também, o Papa Bento esclarece que a intenção da Igreja não é de forma nenhuma ter poder político, mas apenas guardar na fé os fiéis , orientando-os nos caminhos de Cristo. Veja abaixo um trecho da Carta:

Por isso, também a Igreja católica que está na China tem a missão não de mudar a estrutura ou a administração do Estado, mas de anunciar aos homens Cristo, Salvador do mundo, apoiando-se — no exercício do próprio apostolado — no poder de Deus.

Como lembrava na minha Encíclica Deus caritas est, « a Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível. Não pode nem deve colocar-se no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça. Deve inserir-se nela pela via da argumentação racional e deve despertar as forças espirituais, sem as quais a justiça, que sempre requer renúncias também, não poderá afirmar-se nem prosperar. A sociedade justa não pode ser obra da Igreja; deve ser realizada pela política. Mas toca à Igreja, e profundamente, o empenhar-se pela justiça trabalhando para a abertura da inteligência e da vontade às exigências do bem ».À luz destes princípios irrenunciáveis, a solução dos problemas existentes não pode ser procurada através de um conflito permanente com as legítimas Autoridades civis; ao mesmo tempo, porém, não é aceitável uma rendição às mesmas quando elas interferem indevidamente em matérias relacionadas com a fé e a disciplina da Igreja. As Autoridades civis bem sabem que a Igreja, no seu ensinamento, convida os fiéis a serem bons cidadãos, colaboradores respeitosos e ativos do bem comum no seu País, mas é também claro que ela pede ao Estado para garantir aos mesmos cidadãos católicos o pleno exercício da sua fé, no respeito de uma autêntica liberdade religiosa.”

A Carta do Santo Padre também enfatiza, citando o Concílio vaticano II, que o diálogo com outras culturas , religiosas e consequentemente políticas devem existir, mas que devemos prestar a devida atenção para não suprimirmos a verdade de Cristo:

Por isso o Concílio Vaticano II destaca que « o respeito e o amor devem estender-se também àqueles que pensam ou atuam diferentemente de nós em matéria social, política ou até religiosa. Aliás, quanto mais intimamente compreendemos, com delicadeza e caridade, a sua maneira de ver, tanto mais facilmente poderemos com eles dialogar ». Mas, como o mesmo Concílio nos adverte, « este amor e benevolência de modo algum nos devem tornar indiferentes perante a verdade e o bem ».

Destaca também a intenção de alguns organismos inseridos no Estadoem comandar e tomar a frente da Igreja .

Considerando o « desígnio primordial de Jesus », torna-se evidente que a pretensão de alguns organismos, queridos pelo Estado e alheios à estrutura da Igreja, de se colocarem acima dos mesmos Bispos e de dirigirem a vida da comunidade eclesial, não corresponde à doutrina católica, segundo a qual a Igreja é « apostólica », como também reafirmou o Concílio Vaticano II. A Igreja é apostólica « pela sua origem, sendo construída sobre o ‘‘fundamento dos Apóstolos'' (Ef 2,20); pelo ensino, que é o mesmo dos Apóstolos; pela sua estrutura, enquanto instruída, santificada e governada, até ao regresso de Cristo, pelos Apóstolos, graças aos seus sucessores, os Bispos em comunhão com o sucessor de Pedro ».Portanto, em cada uma das Igrejas particulares, só « o Bispo diocesano apascenta em nome do Senhor o rebanho, que lhe está confiado, como seu pastor próprio, ordinário e imediato » e, a nível nacional, somente uma legítima Conferência Episcopal pode formular orientações pastorais válidas para a comunidade católica inteira do País interessado.[

Devemos, através das dificuldades destacadas nesta carta ao Fiéis da China dar graças pois ainda podemos nos manifestar Cristãos Católicos, ma devemos faze-lo logo, porque também aqui forças estatais querem tomar a frente de nossa amada Igreja , tonando-a uma instituição política.

As autoridades Chinesas não tardaram e logo proibiram a publicação da carta em sites sites Chinese.

No dia seguinte, a maior parte destes sites haviam retirado a carta do Papa. Segundo o Sacerdote Responsável por um dos sites, registrado ante as autoridades, a retirada aconteceu por ordem das autoridades chinesas.


Só cinco sites continuam publicando a carta, quase todos realizados por católicos clandestinos.

Um sacerdote revela que recebeu a visita das autoridades em 29 de junho, mas não lhe haviam negado a possibilidade de publicar a carta do Papa, mas em 1º de julho, recebeu a ordem de que não tinha autorização para publicar o documento pontifício.

A agência católica UCANews, da Conferência dos Episcopados Católicos da Ásia, confirmou por sua vez as ordens por parte das autoridades chinesas de retirar a carta do Papa de sites católicos na internet.

Por: Nadinho

Fontes: Santa Sé , Sacramusic.com

2 comentários:

Julio disse...

Parabéns pela iniciativa em escrever este blog.
Que Deus continue te dando forças.

Leonardo da Silva Campos disse...

Muito Obrigado Amigo. quando quiser manisfestar algum pensamento sobre e conforme a doutrina da igreja, a casa é sua.

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Muito obrigado pela sua participação. Deus te abençoe e te guarde, que ele volva a sua face e se compadeça de ti. Amém.